Por Jow Oliveira - Diretor de Comunicação SSPMI
A partir deste 1º de Maio – Dia Internacional do Trabalhador – deixamos de ser apenas chamados de “servidores públicos”. Passamos a ser reconhecidos, com toda a dignidade e força que nos é devida, como o que verdadeiramente somos: trabalhadores públicos.
Na última semana, durante quatro dias intensos de debates e reflexões no Seminário Estadual de Trabalhadores do Setor Público, nossa presidenta SSPMI Cristina Helena Gomes e coordenadora nacional do Setor Público da Força Sindical, nossa vice-presidente Ednubia Brito e o diretor de comunicação Jow Oliveira representaram o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Itapira em um encontro que reuniu lideranças de mais de 40 sindicatos de todo o Estado de São Paulo.
Entre os muitos temas fundamentais discutidos, um consenso emergiu com potência: é urgente romper com a cultura que ainda associa a palavra "servidor" à ideia de servidão, subserviência e negação da identidade de classe trabalhadora.
Essa ruptura é mais do que simbólica. Ela é política. Ela é histórica.
Não somos servos. Não somos submissos. Somos trabalhadores.
Trabalhadores que fazem a saúde acontecer, que garantem educação, segurança, assistência e políticas públicas fundamentais. Que constroem a cidade dia após dia, enfrentando jornadas exaustivas, estruturas frágeis, salários desvalorizados e o peso do reconhecimento muitas vezes negado. Somos aqueles que levantam cedo, lutam e entregam.
Somos gente que merece respeito.
Por isso, neste 1º de Maio, nosso sindicato lança oficialmente a Campanha de Valorização dos Trabalhadores Públicos, unindo-se a sindicatos de diversas cidades irmãs em torno de uma mudança necessária de linguagem, postura e consciência. Não se trata apenas de trocar um termo. Trata-se de afirmar quem somos.
É dizer com todas as letras e em alto e bom som:
➡Não servimos, trabalhamos!
➡Não estamos abaixo, lutamos lado a lado!
➡ Somos parte ativa da classe trabalhadora!
Essa campanha não é apenas uma mudança de nomenclatura: é uma declaração de identidade, de orgulho, de pertencimento. Prestamos serviços públicos, sim — mas não somos diferentes de nenhum outro trabalhador brasileiro. Somos aqueles que sustentam o funcionamento do Estado, que garantem direitos sociais, que resistem frente ao sucateamento, que adoecem sem amparo e que, ainda assim, seguem firmes.
Servidor é passado. Trabalhador é agora. E o futuro é de luta coletiva.